segunda-feira, 10 de maio de 2010

29/03/2006



Revolução feminina?

Há alguns anos eu venho pensando no papel da esposa nos tempos atuais.

Infelizmente são poucas as esposas que não precisam ter um emprego para ajudar no sustento financeiro do lar. Infelizmente são muitas as que trazem o sustento integral devido ao desemprego de seus maridos. Essa é uma realidade triste.
Sim, essas mulheres devem ser reconhecidas como batalhadoras, guerreiras, mulheres de fibra, de ação, de coragem e de luta.

Há também aquelas que trabalham por opção e não por necessidade. Fazem isso por prazer ou para aumentar a renda mensal.

Mas algo estranho tem acontecido: a supervalorização do trabalho fora de casa, a ponto de diminuir a condição daquelas mulheres que trabalham apenas dentro de casa.

Muitas vezes a mulher que não tem um emprego é vista com maus olhos e acaba carregando uma culpa imensa por isso. Quantas vezes muitas delas não ouviram frases do tipo: “Ah, você não trabalha???”.

Hoje eu olho para a minha mãe que está quase completando 70 anos e vejo que ela nunca carregou alguma culpa nas costas por não ter trabalhado fora de casa. Os tempos eram outros... Ela sempre foi uma mulher admirada por todos à sua volta por cumprir um papel simples, porém trabalhoso em sua vida: cuidar da casa, do marido e dos filhos. E por poder usar o seu tempo livre para fazer o que mais gosta, ler, cuidar das plantas, ver TV. Não era nenhum crime ter tempo livre para se fazer o que gosta ou para cuidar de si mesma.

Eu mesma já passei por esse tipo de preconceito estranho. Sou designer, mas sou autônoma e trabalho em casa. Então grande parte do tempo dona-de-casa.  Quantas vezes já não ouvi frases como: “Mas você não faz nada? O que você fica fazendo o dia inteiro? Porque você não arruma um emprego pra valer? Você vai deixar o seu diploma na gaveta? Ah, você deve passar o dia inteiro na internet, né?”.

Todas as mulheres casadas com as quais tive o prazer de conversar sobre esse assunto e que não tinham um emprego me falaram mais ou menos assim:

-"Ninguém imagina o quanto eu trabalho e como eu não paro o dia inteiro!!! E quando paro dou graças a Deus pois posso cuidar um pouco de mim...".

- "Ah, eu adoro poder conciliar o meu tempo e fazer tudo na hora em que eu quiser, sem precisar me preocupar em bater ponto ou cumprir horários... mas não vou sair por aí dizendo isso, senão vão me chamar de molenga, vagal ou coisa pior".

Já conversando com as que trabalham, ouvi de muitas (mas muitas mesmo) algo semelhante a isso:
- Como eu queria parar de trabalhar e ter mais tempo para cuidar das minhas coisinhas, da minha casa e da minha família..."

Olhando a Bíblia, vejo que o fato de uma mulher ser virtuosa não tem nada a ver com o fato dela ter um emprego ou não. O trabalho dignifica, seja ele onde for. Devemos fazer aquilo que nos foi colocado em mãos da melhor maneira possível, com excelência e amor. Buscar fazer tudo sob a orientação de Deus, sempre. Cumprirmos o nosso papel da melhor maneira possível, sendo uma advogada ou uma dona-de-casa.


 Escrito por **Dry** às 23h0

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