Joelhos, pra que tê-los!

Há 20 anos atrás, quando tinha 19 anos, fui diagnosticada por um clínico geral como portadora de uma doença chamada artrose e soube naquele momento que tal problema não tinha cura e nem tratamento. Segundo ele, eu teria que aprender a conviver com as dores pelo resto da vida. Fui pra casa chateada e nunca comentei nada com ninguém, até pouco tempo atrás.
A artrose é um processo degenerativo de desgaste da cartilagem. 

O médico fez o diagnóstico olhando e tocando os meus joelhos que sempre doeram muito. Além disso, ele afirmou categoricamente que eu tinha isso porque era hereditário, já que minha mãe sofre deste problema. 

Na época eu não sabia que o diagnóstico só se dava através de raio-x. Também não sabia que a artrose se dá depois dos 40 anos. Desde então sempre vivi acreditando que minhas dores intensas no joelho eram devido a este processo degenerativo.

Mês passado, indo a um endocrinologista para pedir alguns exames, me queixei das dores no joelho. E a conversa foi assim:

- Você tem algum problema neles?

- Sim, artrose.

- Artrose? Desde quando?

- Desde os meus 19 anos.

- Mas você era muito nova pra ter isso. Quem deu o diagnóstico?

- Um clínico geral.

- Ele te mandou fazer raio-x dos joelhos?

- Não...

- Que absurdo! Você vai fazer esse raio-x agora então.

Fiz. Resultado? Não tenho artrose. Vou a um ortopedista futuramente pra ver qual é o meu real problema, vinte anos depois. E faço o que com aquele clínico geral? Perdoa, filha, perdoa.